
Bertino Heidemann
Um dos primeiros criadores de gado Jersey da região, ajudando a fundar a Associação Catarinense dos Criadores de Bovinos (ACCB) em Braço do Norte
Homem de poucas palavras, mas de uma visão muito futurista. Nasceu em 14 de Agosto de 1932 na comunidade de Riacho Alegre, e no ano 1970 se mudou para o Pinheiral, também na cidade de Braço do Norte. Em 03 de Setembro de 1955, se casou com Reinilda Effting Heidemann. Sua maior preocupação foi a família, tanto que para cada um dos seus 10 filhos, quando casavam era sagrado ele doar 25 ha de terra, uma casa e uma granja de suínos de ciclo completo, que tinha 54 metros de comprimento por 8 metros de largura, tendo na ponta um paiol para fabricar ração de dois andares. Essa granja tinha 30 matrizes e ele integrava todos na Agroeliane. Na época ele deixava as contas todas pagas até o novo suinocultor entregar a primeira remessa de suínos gordos. Mas junto com a suinocultura, ele viu também na atividade leiteira uma oportunidade para o futuro. Investiu inicialmente na sua propriedade em gado Jersey PO, vindo depois a orientar a família dos filhos e filhas a fazer o mesmo. O homem trabalhar tinha orgulho de ser produtor rural. Nos deixou cedo, em 10 de Dezembro de 2007, mas a sua determinação e garra por vencer e progredir ainda tem reflexos na família e na sua comunidade.

Edésio Oenning
Desenvolvimento da suinocultura, bovinocultura leiteira, piscicultura e inspeção em frigoríficos. Foi diretor do FDR do Estado, secretário de agricultura municipal e vice-prefeito.
Descendente de tradicional família, sendo seu pai o senhor Fernando Oenning e sua mãe a senhora Olivia Michels Oenning. Nasceu em 23 de junho de 1948. Desde a sua juventude dedicou-se à agricultura e à pecuária. Participou ativamente do Grupo de Jovens 4-S, onde teve a oportunidade de estagiar na empresa Sadia. Casou-se com Celina Pickler Oenning, tendo desta união três filhos: Márcia, Edésio Júnior e Elaine. Depois que voltou do estágio iniciou na criação de suínos, instalando a granja Canário, onde produzia reprodutores suínos. Foi vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos. Na sua trajetória fez várias viagens ao exterior e sempre vinha com alguma novidade para implantar na região. Iniciou a atividade leiteira com a Cabanha Canário onde era um assíduo participante de feiras e exposições. Teve a oportunidade de ser Diretor do Fundo Desenvolvimento Rural no Governo do Estado, Secretário Municipal de Agricultura e também Vice Prefeito do Município. Foi o primeiro presidente da Feagro e ocupou tantos outros cargos sempre com o intuito de trazer desenvolvimento. Escreveu a sua autobiografia através do livro O braço direito do Braço do Norte.

Maximiliano Gaidzinski
Adquiriu a massa falida do frigorífico Frisulca em Forquilhinha e criou a Agroeliane com fomento de suínos e aves no sul do estado. Uma empresa que projetou o agro do sul catarinense.
O empreendedor Maximiliano Gaidzinski nasceu em 20 de setembro de 1912, em um vilarejo chamado Linha Cabral, em Cocal, à época distrito de Urussanga. Maximiliano era décimo primeiro de 13 filhos do casal Vicente Gaidzinski e Margarida Studzinska. Logo depois, a família mudou-se para Criciúma, onde Maximiliano perderia o pai, ainda antes de completar 4 anos. Sem o chefe da família, a vida, que já não era fácil, tornou-se ainda mais difícil para os Gaidzinski. Em um ambiente de ajuda mútua e amor fraterno, Maximiliano cresceu. Virou um exímio sapateiro. Seus irmãos mais velhos, José e Júlio, coordenavam uma casa de comércio de sapatos no centro de Criciúma. Além da sapataria, a família possuía uma fábrica de balas. Em 22 de janeiro de 1938 ele se casa com Octávia Búrigo, a qual conhecera em 1932. Em 1947, Milo, como era conhecido entre os familiares e amigos, em sociedade com seus irmãos José e Júlio, fundou em Criciúma, a Cesaca, a Cerâmica Santa Catarina. No segundo semestre de 1959, a Cerâmica Cocal, fundada em 1954, estava em situação de insolvência. Maximiliano venderia sua participação acionária na Cerâmica Santa Catarina e outros imóveis que possuía, para em 26 de outubro daquele ano, apresentar uma proposta de compra da empresa. Com o negócio fechado, Milo chamaria seu filho mais velho, Jarvis, para ajudá-lo na empreitada. Em 2 de janeiro de 1960, Maximiliano registraria a firma Maximiliano Gaidzinski e batizou-a com o nome comercial de Cerâmica Eliane, em homenagem à filha caçula. Em 9 de maio de 1987, Maximiliano Gaidzinski faleceria, mas o legado de seu esforço empenhado durante toda a sua vida para fazer da Eliane uma empresa de sucesso continua enraizado até os dias de hoje.

Irineu Ricken
Um dos primeiros criadores de gado Jersey da região, adquirindo um touro PO pelos anos 80.
Um homem que tinha grande respeito na sua comunidade de Pinheiral. Sua propriedade ficava quase na divisa com o Rio Fortuna. Nasceu em 14 de outubro de 1936, na comunidade de Pinheiral, no município de Braço do Norte/SC. No ano de 1961 se casou com a Senhora Melita Ricke, para ser mais exato aos 7 dias de janeiro, e desta união nasceram seis filhos. São eles: Benilde, Nivaldo, Norivaldo ( in memoria ), Aldo, Dilma e Ivoli. Pelo ano de 1970 comprou um touro Jersey PO e começou a criar um gado melhorado. Quando nascia um macho em sua propriedade, ele muitas vezes doava este animal para vizinhos, parentes ou amigos mas tinha que ter o compromisso de cuidar bem e depois as crias dele teriam que ser criadas com todo cuidado para melhorar o plantel. Vinha gente de outros municípios da região para comprar um filho deste touro. Já com um plantel de gado conhecido, ele investiu também na suinocultura, quando adquiriu um macho reprodutor da raça Landrace P.O. para cobrir as porcas comuns. Essa criação mais tarde foi substituída por uma granja tecnificada, quando passou a criar suínos para a empresa integradora Agroeliane. Com o seu gado melhorado, ele chegou a participar de duas exposições. A primeira foi na cidade de Tubarão, quando a mesma comemorou 100 anos, e a segunda foi em Braço do Norte, quando a cidade comemorou seus 25 anos de emancipação política. Os animais que o mesmo levou para as exposições foram todos vendidos e por alguns anos o mesmo foi referência em gado de leite. Dos seus filhos, apenas uma filha não continuou o trabalho no campo, os demais sim. O mesmo também teve uma participação significativa na construção do Centro Comunitário São Francisco Xavier da Comunidade de Pinheiral, pois foi um dos coordenadores na construção.

Família Loch
Homenagem a uma das famílias que mais ajudou no desenvolvimento do gado Jersey, não só no vale do Braço do Norte, mas no Brasil. Pois quatro dos seus filhos sempre participaram de exposições e alguns até hoje são referência na raça Jersey
Uma família que muito ajudou a difundir a raça Jersey e também em muito contribuiu para que Braço do Norte tivesse o título de Capital Nacional da Raça Jersey. Os quatro filhos iniciaram na criação de Gado Jersey PO entre os anos de 1989 e 1992, cada um na sua propriedade. Os mesmo são filhos de Bertino Loch e Agata Voss Loch. O seu Bertino nasceu em 19 de Setembro de 1936 e Dona Agata em 07 de Agosto de 1937. Um nasceu na comunidade de Riacho Alegre e o outro no Pinheiral. A união do casal foi em 11 de abril de 1958 e desta união nasceram seis filhos homens, sendo eles: Antenor, Ilson, Valdino, Cirineu, Dauri e Ilto. O senhor Bertino nos deixou em 11 de dezembro de 2020 e oito dias depois a sua esposa Agata também faleceu. Dos seus seis filhos, todos iniciaram com criação de gado Jersey, mas apenas quatro deles com gado Jersey PO, com participação em exposições. As quatro propriedades foram referência na qualidade de Jersey por muitos anos. Hoje, três deles continuam com gado Jersey e continuam sendo referência. Estes criadores são: Antenor Loch, nascido em 01 de abril de 1959, casado com Valdete Heidemann Loch. Ilson Loch, mais conhecido como Pila, nascido em 03 de março de 1962, casado com Alzira Heidemann Loch. Dauri Loch, nascido em 14 de agosto de 1966, casado com Celita Ricken Wiggers Loch e Ilto Loch, mais conhecido como Neca, nascido em 06 de julho de 1963, casado com Rita Stapazolli Loch. Estes quatro criadores por diversas vezes fizeram a grande campeã em várias exposições no Estado de Santa Catarina. Sua contribuição genética da raça foi difundida por diversas regiões do Brasil. Inclusive a Feagro nasceu na casa do senhor Antenor, quando em 2004 reuniu algumas lideranças na sua residência e falou da necessidade da exposição de gado virar feira.

Valentin Brognara
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Braço do Norte, onde sempre lutou pelos produtores rurais.
Natural do município de Orleans (SC), nasceu aos 07 dias do mês de março de 1930, sendo filho de Luiz Brognara e Amélia Mara Brognara. Foi casado com Lídia Baggio Brognara, tendo o casal os filhos: Salésio, Evandir, Maria Isonete, Ivonete, Emir, Amélia Arlete, Luiza, Enio e Edson. Mesmo com as dificuldades encontradas conseguiu concluir o curso primário na Escola Isolada de Barracão, em sua terra natal. Trabalhando como lavrador, sua única profissão, sempre esteve intimamente ligado às necessidades que o homem do campo enfrentava em seu dia-a-dia, trabalhando de sol a sol para criar e sustentar a família. Veio tentar uma melhor oportunidade no município de Braço do Norte e aqui se tornou um atuante líder da comunidade, distinguindo-se também pela dinâmica participação em todos os eventos promovidos pelas entidades associativas, recreativas e culturais. Em face do elevado prestígio que conquistou junto a sua comunidade, onde soube se fazer conceituado, foi eleito por diversas vezes presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Braço do Norte, realizando sempre uma profícua administração, conquistando o prestígio junto a comunidade principalmente rural. Foi eleito Vereador em 1988. Seu trabalho sempre foi muita luta a favor do pequeno produtor rural. Nunca deixou suas raízes de produtor rural e até os seus últimos dias viveu na sua propriedade rural na comunidade de Azeiteiro.

Alberto Warmling
Fundador da Granja Warmeling em São Ludgero. no auge do desenvolvimento da empresa faleceu num trágico acidente.
Alberto Warmling nasceu na comunidade de Rio Carolina, Município de Braço do Norte no ano de 1920, filho de Matias Warmling e Bernardina Eyng. Filho de “colonos” teve toda sua infância e adolescência vividas na roça, pouco estudo disponível, muito aprendizado com as vivências e ensinamentos da família e da comunidade, com as dificuldades e limitações comuns da época. Casou-se em 1942 com Lucia Voss, com quem teve 12 filhos. Em busca de seu próprio chão e espaço, mudou-se para São Ludgero em 1956, e com o novo endereço teve início também uma nova vida, o colono tronou-se empreendedor. Teve olaria, cultivou várias culturas, junto à esposa vendeu rosca e pão de milho em feira nas cidades próximas, teve gado de leite e de corte, mas o sucesso dos empreendimentos veio mesmo com o fim do chiqueiro e a primeira granja de porcos, ou melhor, de suínos que se viu na região, inicialmente em sociedade com o amigo Aloísio Schlickmann: o “porco-banha” virou “porco-carne” e acabou a sujeira característica do animal na sua criação. O sucesso aos poucos foi expandido para a criação de aves, e teve início, na década de 1970, a Granja Warmeling, empresa de destaque na criação e comercialização de suínos e criação, abate e comercialização de aves, constituindo-se no maior conglomerado agroindustrial da cidade e da região à época, sendo destaque não apenas pelo volume de abate, mas também pelos novos padrões implementados. A “Granja” também, e talvez esse seja seu maior legado para o agronegócio da região, foi “berço” da pesquisa e extensão rural na região com os estágios e experiências lá desenvolvidos, sendo comum até os dias atuais o estágio e pesquisa daquela época estarem nos currículos dos técnicos agrícolas. A criação de animais como negócio e empreendimento em nossa região foi revolucionada a partir da década de 1970, e Alberto Warmling foi um dos pioneiros dessa história.

Aloísio Schlickmann
Tinha uma granja de suínos onde criava principalmente a raça duroc. no início do fomento da AgroEliane ele juntamente com o Sr. Edesio Oenning forneciam os reprodutores suínos.
Aloísio Schlickmann nasceu no dia 21 de julho de 1923, e fez história por todo local onde passava. Grande visionário, desde novo Aloísio sempre demonstrou muitas vocações. Nos anos 60, enquanto exercia a função de professor de Educação Física, Aloísio Schlickmann também era técnico veterinário, sendo que na época ainda havia a profissão de Médico Veterinário. O curso foi feito por correspondência, durante três anos, atrás do Instituto Científico Rural Brasileiro, de Belo Horizonte. Aloísio realizou estágio no Ministério da Agricultura, divisão Defesa Sanitária Animal, em Florianópolis, onde se aperfeiçoou em trabalhos laboratoriais. Após, foi nomeado pelo ministério da Agricultura para exercer a função de Técnico Veterinário, em São Ludgero, com farmácias de produtos veterinários para atendimento à população. A profissão de técnico veterinário despertou a vontade de investir em novas técnicas na área da suinocultura. Ainda na década de 60, Aloísio resolveu apostar na genética do suíno na região, após testar a técnica em um laboratório improvisado aos fundos da casa com um suíno. Porém, sem recursos, foi necessário procurar quem confiaria em sua técnica e investiria. A alternativa encontrada foi uma sociedade com o amigo Alberto Warmeling (em memória), que possuía terras e capital, e ele entraria com o conhecimento. Nascia a Granja União, a primeira granja da região. Até então, os porcos eram criados soltos no terreiro das casas. E a aposta deu certo, a dupla foi pioneira na criação da raça Duroc. Após um período, os sócios seguiram seus caminhos, em uma separação amigável, onde os sócios ainda eram grandes amigos. Foi durante esta época que Aloísio adquiriu um terreno, onde mais tarde seria a Incoplast, e investiu no suíno de reprodução com 20 matrizes, e assim fundou a Granja Make. Para sempre estar atualizado e divulgando sua criação, participava de feiras e exposições por todo o estado. E foi nessa época que conheceu o pecuarista Edésio Oenning, 58 anos, que se tornaria outro grande amigo. Após este período, já na década de 70, aos 47 anos, Aloísio Schlickmann fundou em São Ludgero a Indústria de Calçados Plim Ltda., uma pequena fábrica de sandálias plásticas infantis. Em 74, Aloísio altera o nome da empresa para Incoplast e deixa a fabricação de calçados, passando a produzir alças para sacolas, tubos e conexões de polietileno. Em 1991, Aloísio, agora junto dos filhos e de um sócio, decide investir em um novo segmento, os descartáveis termoformados. Nasce assim a Copobras, instalada nas proximidades da Incoplast em São Ludgero – SC. Após este feito, sua visão empreendedora sempre se destacou, tornando-se um dos mais influentes empresários do setor plástico do Brasil. Em 15 de janeiro falece Aloísio Schlickmann.

Antenor Pavei
Um dos primeiros instrutores da empresa fumageira Souza Cruz na região. No início, realizava suas visitas de bicicleta.
Antenor José Pavei nasceu no município de Içara no dia 25 de novembro de 1941, trabalhou na roça com seu Pai e com 18 anos foi trabalhar em um posto de gasolina um dia chegou um pessoal da Souza Cruz e lhe fizeram o convite para ir trabalhar como instrutor de fumo. Ele topou a hora, pois viu naquilo uma oportunidade de vida. Chegou em Braço do Norte no dia 17 de Janeiro de 1963 com 21 anos de idade como instrutor de Fumo e depois também foi supervisor da mesma companhia. Ele chegou com uma mala e uma bicicleta para trabalhar, depois de três anos a Souza Cruz deu para ele trabalhar uma lambreta, e mais tarde um Jeep e assim foi. Trabalhou na Souza Cruz 24 anos. Em setembro de 1986 abriu uma loja de Peças para caminhões a Compave e em 30 de março de 1994 foi empossado secretário de Obras até o fim de 1996, sendo mais tarde, em 2005 novamente assumiu a secretaria de obras, onde ficou até 2008. Como estava acostumado a vida de instrutor, no ano de 2.000 ele foi trabalhar em outra companhia de Fumo, onde ficou por 4 anos. O Pavei, como era mais conhecido, fez história com os produtores rurais da região, mas principalmente dos plantadores de fumo. Ele gostava de longas conversas e era nessas horas que ele aproveitava de transmitir seus conhecimentos que recebia da companhia e que com certeza traziam mais produção e qualidade de vida para os fumicultores. Em sua jornada, casou com a senhora Dilma Piazza Pavei, em 05 de setembro de 1964, e desta união nasceram os filhos Adilmar, Andréia e Richard. Levar conhecimento e técnicas de plantio numa época sem telefone e ainda de bicicleta era um desafio para poucos. A jornada do visionário Antenor Pavei terminou em 12 de setembro de 2022, quando veio a falecer.

Ilson Schlickmann Meurer
Investiu na piscicultura, começando a produzir alevinos, viu que a atividade iria crescer na região e acreditou nela
Ilson Schlickmann Meurer, nascido em Braço do Norte em 24 de dezembro de 1970, casou-se com Rosania Nazario da Silva Meurer e juntos iniciaram as atividades na piscicultura em 1995. Após realizar um curso de Piscicultura em Joinville, construíram uma unidade produtora de alevinos em parceria com a prefeitura do município e a Epagri. A unidade, hoje auxiliada por suas duas filhas Evelyn e Emelyn, é reconhecida em toda a região do Vale de Braço do Norte por oferecer alevinos com alto padrão genético.

Luiz Kuerten
Ex-prefeito de braço do norte. foi em 16/08/1993, em um de seus mandatos que adquiriu a área de terra onde hoje temos o Parque de Exposições Huberto Oenning e o CTG Estância do Vale
Nasceu em Braço do Norte (SC), no dia 20 de maio de 1946, filho de Fredolino Augusto Kuerten e de Alba Thiesen Kuerten. Casou-se no dia 16 de dezembro de 1972 com a Senhora Marlene Oenning Kuerten, e possui os filhos: Luiz Kuerten Júnior, Cristini ( em memória ) e Kamilla. Fez o curso ginasial no Grupo Escolar Dom Joaquim Domingues de Oliveira em sua terra natal. Na sua vida profissional foi vidraceiro na fábrica de espelhos Santa Luzia, serrador na indústria de molduras Moldurarte, tipógrafo, padeiro, proprietário da Gráfica J.K. e panificadora Kuerten. Destacando-se pela maneira coerente como sempre se colocou perante os problemas vivenciados pela comunidade, foi presidente da Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço do Norte pelo período de seis anos. Em 1992 foi indicado pelos convencionais de seu partido para concorrer ao cargo de prefeito municipal, tendo como companheiro de chapa o senhor Edésio Oenning. Na contagem final dos votos, sua vitória foi consagrada, assumindo o cargo de prefeito municipal, no dia 01 de janeiro de 1993, e governou até 31 de dezembro de 1996. No pleito de 2004, tendo como candidata a vice a Senhora Maria Edna Souza Michels, foi ao encontro dos eleitores com uma plataforma de governo, alcançando mais uma vez a vitória, assumindo a prefeitura no dia 01 de janeiro de 2005, demonstrando muita aptidão para o posto, desempenhando um mandato produtivo, e dos mais dedicados ao cumprimento do dever. Foi em seu mandato, na data de 16 de Agosto de 1993, que o mesmo teve a visão de adquirir o terreno, onde o objetivo era montar um Parque de Exposições. Pouco tempo depois, era inaugurado o Parque de Exposições Huberto Oenning.

Basílio Perón
Iniciou com o abate de suínos no município de Braço do Norte, onde abatia os animais e vinha vender na cidade de charrete. Atualmente, sua família tem vários frigoríficos no município
Foi no espírito empreendedor de um jovem natural da comunidade de Rio Glória, que se iniciou uma longa jornada de trabalho e dedicação em um ramo que até os dias atuais, se faz tão importante na economia da cidade de Braço do Norte. Basílio Perón nasceu em 13/05/1925, filho do casal Luiz Peron e Angelina Redivo Peron. Um jovem que desde muito cedo trabalhou na lavoura junto de seus pais e irmãos. Conheceu e se casou com Lucinda Pereira em 23/09/1950. E após o casamento, mudou-se com sua esposa para a comunidade de Baixo Pinheiral, onde lá tiveram 9 filhos: Vilson, Lenir, Evaldo (em memória), Araci, Teresa, Celina, José, Valmir (in memória) e Célio. O trabalho que antes era na lavoura, foi dando lugar a um novo negócio da família. Agora, já com a ajuda dos filhos, Basílio iniciou o empreendedorismo em 1960 com uma pequena fábrica de Banha. Na época, ainda com muitos desafios, usava-se um carro de boi para puxar os porcos. A pequena feira com os produtos de suíno, era realizada por Basílio de cavalo e charrete, sempre na companhia de algum dos filhos. O trabalho foi dando certo e a ideia de expandir os negócios ia acontecendo naturalmente, e com isso, logo em seguida compraram um caminhão para facilitar a logística das entregas. Com o auxílio dos filhos, tudo ia ficando mais favorável para o crescimento da ideia de Seu Basílio. Poucos anos depois, com muito orgulho, tiveram a primeira câmara fria frigorífica instalada na pequena empresa familiar. E com o passar dos anos, o negócio foi sempre crescendo e prosperando ao ponto de se multiplicar. 20 anos após o início, começaram a surgir no município de Braço do Norte, os frigoríficos e abatedouros descendentes da Família Perron, ou seja, dos filhos e sucessores de Basílio e Lucinda. Basílio deixou um grande legado e uma bela história sendo o pioneiro no ramo abatedouro frigorífico na região. Legado este não somente para a cidade, mas principalmente para sua família e futuras gerações. Filhos, netos e bisnetos do querido e conhecido “Vovô Peron” dão continuidade nessa história até hoje, levando Carne Suína para a mesa de famílias de todo Brasil. ÁRVORE GENEALÓGICA DE BASÍLIO PERON E LUCINDA PEREIRA PERON COM SEUS FRIGORÍFICOS SUCESSORES: Filho Vilson Peron – Frigorífico descendente: D’Perone. Netos: Vilsoni, Arilton (in memoria), Marcelo e Charles. Bisnetos: Ana Carolina, Amanda, Andrius, Adrieli, Isadora, Miguel, Elisa, Melissa, e Gustavo. Filha Lenir Peron – Frigoríficos descendentes: Frigosil e Jane Alimentos. Netos: Jair e Janete Bisnetos: Jadna, Pedro Henrique e Maria Helena Tataraneta: Cecília. Filho Evaldo Peron (in memória) – Frigorífico descendente: Embutidos Pinheiral. Netos: Josiane, Fernando e Vera Bisnetos: Luiz Henrique, Amábily, Pedro, Lívia e Antônio. Filha Araci Peron Netos: Rodnei (In memória) e Jânio Bisnetos: Christoffi, Natally, Bruno e Lorenzo. Filha Teresa Peron – Frigorífico descendente: 3 Irmãos. Netos: Alessandra, Sandro (in memória), Tânia, Rodrigo e Carlos Bisnetos: Rafael, Amanda, Lucas, Sandro, Valentim e Vicente. Filha Celina Peron – Frigorífico descendente: Fricasul. Netos: Reginaldo, Rogério e Ruberval Bisnetos: Luiza, Renan, Milena, Roan e Bella. Filho José Peron – Frigorífico descendente: Peron e Becker Netos: Diego e Otávio Bisneto: Théo. Filho Valmir Peron Netos: Wagner e Walter Bisnetos: Lara e João Filho Célio Peron – Frigorífico descendente: Peron. Netos: Francieli e Robson.

José Sclickmann Roetgers
Primeiro produtor de ovos
de postura do município.
José Schlickmann Roettgers, nasceu em São Ludgero, SC, em 15 de março de 1934, hoje com 90 anos de idade. No ano de 1972, como professor aposentado de matemática, iniciou uma pequena granja de produção de ovos, onde alojou as suas primeiras 200 aves. No ano seguinte, já eram 500. Em 1974, o plantel contava com mais de 1.000 aves. Na época, era um número expressivo, considerando todas as dificuldades em comercializar a produção. Nos primeiros anos, a falta de conhecimento técnico e a inexistência de fornecedores de matérias primas e pintinhos tornavam a atividade muito complexa. Mesmo com todos os obstáculos, outras famílias de São Ludgero se interessaram pela atividade, vislumbrando uma oportunidade de diversificação da produção em suas propriedades, onde até então, predominava o cultivo de fumo e hortaliças. Neste cenário, no ano de 1976, o Sr José inicia as atividades de uma empresa agropecuária, hoje Nutriaves, com o objetivo de incentivar, desenvolver e assessorar a produção de ovos na região. Com esse apoio, pequenos produtores passaram então a se dedicar à nova atividade. As aves, inicialmente, eram alojadas em aviários de chão batido, com cobertura de cepilho ou serragem. No entanto, foi a partir de 2005, que se iniciou a construção de galpões totalmente automatizados, o que impulsionou de forma expressiva a produção de ovos. Com esse sistema, a capacidade de alojamento de aves foi multiplicada, fato que foi determinante para levar a avicultura de postura ao patamar profissional e tecnológico que conhecemos hoje. Diante do incremento da tecnologia na área e da crescente demanda pelo produto, a avicultura de postura foi aos poucos se consolidando e se especializando. Os produtores passaram a receber treinamento e assistência técnica de profissionais altamente capacitados, fatores que foram fundamentais para o aprimoramento do desempenho das aves e da qualidade dos ovos. Desde o início, o Sr José com a ajuda e apoio dos filhos, passou por muitos desafios, mas sempre acreditando na atividade como uma promissora fonte de renda para muitas famílias. Hoje em São Ludgero e região são mais de 50 produtores de ovos, que contribuem com mais de 500 empregos diretos e outras centenas de empregos indiretos. São Ludgero é o maior produtor de ovos de Santa Catarina, onde são produzidos mais de 2 milhões de ovos por dia. Nossa eterna gratidão ao Sr José Schlickmann Roettgers, incentivador do agronegócio no Vale do Braço do Norte.

Ademir Steiner
Primeiro técnico da antiga ACARES, atualmente EPAGRI, no município. Teve uma importância muito grande no município pois levou muito conhecimento aos produtores rurais do município
Filho de Fridolino Steiner e Luiza Nuerberg Steiner, nasceu em 07 de janeiro de 1950, na cidade de Forquilhinha/SC. Desde criança, ajudava seus pais na lavoura e assim foi aprendendo os segredos do campo que seriam fundamentais em sua jornada. Depois foi estudar no Colégio Agrícola de Camboriú, sendo técnico Agrícola de formação, onde uniu sua vocação com o conhecimento e a tecnologia. Trabalhou como extensionista rural por 26 anos na cidade de Grão Pará pela antiga Acaresc, hoje Epagri. Neste período levou muito conhecimento ao produtor rural daquele município. Em 29 de Maio de 1982, casou-se com Marileia Miranda Guisi Steiner, e desta união nasceram os filhos Michelle, Ricardo e Luiza. Até hoje produtores de mais idade falam das palestras que o mesmo dava sobre conservação de solo, plantio em terraço, e tantas outras técnicas desconhecidas pelos produtores. Também foi presidente da cooperativa de energia elétrica ( Cergapa ) por 23 anos. Com certeza ajudou muitas famílias a ter amor pela terra e tirar dela o sustento e criar os seus filhos de uma maneira mais sustentável e digna.

Aticus Warmeling
Ajudou a trazer a Associação dos Criadores de Bovinos (ACCB) para Braço do Norte e foi um dos pioneiros criadores a difundir a raça jersey pelo estado de Santa Catarina
Ajudou a trazer a Associação dos Criadores de Bovinos (ACCB) para Braço do Norte e foi um dos pioneiros criadores a difundir a raça jersey pelo estado de Santa Catarina

Estêvão Antônio David
Atuou por 20 anos como Técnico da ACARES, atualmente EPAGRI. Teve uma participação muito grande na divulgação de novas tecnologias e sistemas de criação de animais na região. Conquistou respeito e admiração de muitos produtores.
Estêvão Antônio David, filho de Antônio David e Maria Hemkemeier David, nasceu em 26 de dezembro de 1950, na localidade de Rio do Meio, município de Anitápolis, Santa Catarina. Formou-se no conceituado Colégio Agrícola de Camboriú da Universidade Federal de Santa Catarina, em 1973, como Técnico Agrícola. Nesta Escola também se destacou como jogador de voleibol, integrando a CME (Comissão Municipal de Esportes) de Camboriú. Posteriormente, já formado, defendeu as seleções de voleibol de Blumenau e Concórdia. Por estas três seleções municipais participou por seis anos consecutivos dos Jogos Abertos de Santa Catarina, sagrando-se campeão em três oportunidades. Ao formar-se em 1973, foi convidado a integrar o quadro de técnicos agrícolas da Ceval Alimentos S/A de Gaspar, atual Bungue. Em 1974, ao receber vantajosa proposta de trabalho, transferiu-se para a Empresa Sadia, município de Concórdia. Em 04 de janeiro de 1975, casou com Sônia Motta. Dessa união nasceram os filhos, Maurício (13/04/1976) e Rodrigo (14/01/1980). Em 1976 ingressou na ACARESC atual EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), passando a chefiar o escritório de Gravatal. Em 1977 ao ser transferido para Rio Fortuna passou a chefiar o escritório da EPAGRI desse município. No município de Rio Fortuna, onde atuou por vinte anos, desenvolveu vários projetos agrícolas e de pecuária, com destaque para bovinocultura de leite, suinocultura e tantos outros. Naquela época a informação não chegava com facilidade para o produtor rural e quem tinha esta missão, era o técnico da Acaresc. Pode-se dizer que o Estêvão cumpriu muito bem este papael. Quantas reuniões na época ainda que nem data show tinha, as informações eram passadas pela cartolina. Muitas famílias só tiveram oportunidade de desenvolver através das informações trazidas por ele. Muitas famílias só confiavam em fazer um empréstimo bancário se o técnico Estêvão fosse o seu orientador. Em 1997, a pedido, foi chefiar o escritório da EPAGRI de Anitápolis, onde veio a aposentar-se em 2005. Foi uma decisão difícil sair do município onde tinha tanto prestígio, mas aceitou o desafio e lá também fez um excelente trabalho junto aos produtores daquele município. Como aposentado estabeleceu-se em Anitápolis, onde empreendeu com a esposa Sônia e o filho Maurício, uma bem-sucedida produção de leite. Infelizmente em 30 de setembro de 2015, veio a falecer em casa, vítima de fulminante ataque cardíaco. O seu prematuro falecimento aos 64 anos, não só comoveu a comunidade de Anitápolis, mas também a de Rio Fortuna, comunidades onde era bem quisto e muito conceituado, especialmente pelos agricultores, em razão dos relevantes serviços prestados à agricultura e pecuária nestas comunidades.